quarta-feira, 23 de maio de 2007

Reciclagem




Reciclagem

O símbolo internacional da reciclagem.
A reciclagem é o processo de reaproveitamento de
metais, plásticos, papéis, vidros, ou qualquer outro material, orgânico ou inorgânico, recuperando-o ou retransformando-o para aproveitamento ou novo uso. O processo pode ser industrial ou artesanal. Caso não sejam reaproveitados, esses materiais, normalmente tratados como lixo ou dejetos, tendem a causar sérios problemas ambientais.
A palavra reciclagem difundiu-se na
mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de lixo e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
Em tese, o processo de reciclagem deveria permitir o contínuo reuso de materiais para o mesmo propósito. Na prática, em boa parte dos casos, a reciclagem aumenta o tempo de vida útil de um material, porém de forma menos versátil. Por exemplo:
ao reciclar-se o papel, as suas fibras diminuem, tornando-o inapropriado para determinados usos;
determinados materiais podem contaminar-se, tornando-os impróprios para embalagem de alimentos ou medicamentos.
Já no caso do
alumínio, essa regra não é válida, visto que o mesmo pode ser reciclado continuamente sem que perca suas qualidades.
A reciclagem pode prolongar a vida de um material dando-lhe um novo uso, por exemplo, ao transformar artesanalmente produtos considerados como lixo em artigos de uso cotidiano ou de adorno. Uma garrafa
PET pode ser transformada industriamente em fios que mais tarde serão utilizados na confecção de roupas.
Grosso modo, grande parte do lixo que é gerado, no campo ou nas cidades, pode ser reciclado e voltar novamente para a cadeia de consumo e uso.

Vantagens da reciclagem

Cestos de reciclagem de lixo
Os resultados da reciclagem são expressivos tanto no campo ambiental, como nos campos econômico e social.
No
meio-ambiente a reciclagem pode reduzir a acumulação progressiva de lixo; a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás carbônico; as agressões ao solo, ar e água; entre outros tantos fatores positivos.
No aspecto econômico a reciclagem contribui para a utilização mais racional dos
recursos naturais e a reposição daqueles recursos que são passíveis de re-aproveitamento.
No âmbito social, a reciclagem não só proporciona melhor
qualidade de vida para as pessoas, através das melhorias ambientais, como também tem gerado muitos postos de trabalho e rendimento para pessoas que vivem nas camadas mais pobres. No Brasil existem os carroceiros ou catadores de papel, que vivem da venda de sucatas, papéis, latas de alumínio e outros materiais recicláveis deitados para o lixo. Também trabalham na colecta ou na classificação de materiais para a reciclagem. Como é um serviço penoso, pesado e sujo, não tem grande poder atrativo para as fatias mais qualificadas da população.
Assim, para muitas das pessoas que trabalham na reciclagem (em especial os que têm menos
educação formal), a reciclagem é uma das únicas alternativas de ganhar o seu sustento.
O manuseio de lixo deve ser feito de maneira cuidadosa, para evitar a exposição a agentes causadores de doenças.
wikipedia

terça-feira, 15 de maio de 2007

LISTA DE ESPÉCIES DA MATA ATLÂNTICA PARA REFLORESTAMENTO

Reflorestamento

Cajueiro,Gonçalo-alves,Mangueira,Aroeirinha,Caja-mirim,Pau-pombo,Janaúba,Cambuquinha,Matatauba,Dendezeiro,Juçara,Buri,Licuri,Candeia,Carobeira-branca,Ipê-amarelo,Bucho-de-boi,Urucum,Castanha-da-prai,Imbiruçu,Laranja-brava,Piqui
Embauba,Tararanga,Oiti-mirim,Oiti-grande,Capitão-do-campo,Mucugê,Bacupari,Landim,Cocão,Fruta-de-caititu,Louro-mole,Canela-sassafras,Jequitibá-rosa,Biribeira,Inhaiba,Sapucaia,Guarajuba,Brinco-de-cabocla,Pata-de vaca,Pau-brasil,Pau-ferro,Sibipiruna,Óleo-de-copaíba,Itapicuru,Jatobá-miudo,Canafístula,Guapuruvu,São-joão,Muanga,Tamboril,Timbó-da-mata,Ingá-do-brejo
,Ingá-de-metro,Ingá-da-praia,Ingá-caixão,Sabiá,Visgueiro,Angico-vermelho,Angelim-doce,Sucupira,Putumuju,Jacaranda-da-bahia,Mulungu,Jacaranda-roxo,Cabreuva,Angelim-ripa,Fruta-de-aracuã,Grão-de-bod,Banha-de-galinha,Murici,Aderne-mangue,Miconia,Quaresmeir,Cedro-branc,Carrapeta,Jaqueira,Amora-branca,Cambui,Pitangueira,Murtinha,Goiabeira,Farinha-seca,Carambola,Paud'alho,Jenipapeir,Coentro-miudo,Tingui-preto,Pitomba,Jaqueirinha,Abiu,Preaca,Paparaiba,Pau-de-canga,Corindiba,Fumo-bravo

sábado, 12 de maio de 2007

O Desmatamento acelerado

Um estudo da organização ambientalista Conservation International (CI) coloca a Mata Atlântica entre os cinco primeiros colocados na lista dos Hot Spots, áreas de alta biodiversidade mais ameaçadas do planeta e prioritárias para ações urgentes de conservação.
O motivo é o desmatamento - e a conseqüente perda de habitat - ainda acelerado e fora do controle dos órgãos públicos responsáveis. Desde 1988, a Constituição Federal declara a Mata Atlântica patrimônio nacional e, em 1993, através do decreto 750, definiu-se legalmente o domínio da Mata Atlântica e a proteção aos remanescentes florestais e matas em regeneração. Mas o decreto 750 deveria ser transformado em lei complementar para consolidar a proteção federal à Mata Atlântica. Enquanto isso não acontece, os estados definem suas próprias regras, nem sempre capazes de conter o desmatamento.

O monitoramento desse ecossistema realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto Socioambiental (ISA), mostrou que, somente entre 1990 e 1995, mais de meio milhão de hectares de florestas foram destruídos em nove estados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que concentram aproximadamente 90% do resta da Mata Atlântica no país.
Esse valor é equivalente a mais de 714 mil campos de futebol eliminados do mapa em apenas cinco anos, a uma velocidade de um campo de futebol derrubado a cada quatro minutos. Uma destruição proporcionalmente três vezes maior do que a verificada na Amazônia no mesmo período. Somando-se esses números aos do estudo anterior, referente ao período 85-90, chega-se à cifra de 11% de Mata Atlântica destruída em dez anos, provocando uma queda de 8,8% para 7,3% na estimativa de mata primária e secundária em estágio avançado de regeneração, remanescente em todo o país.

As populações tradicionais da Mata Atlântica e o Extrativismo


As populações tradicionais da Mata Atlântica e o Extrativismo


As atividades extrativistas são, em grande parte, exercidas pelos pequenos produtores rurais e comunidades conhecidas como tradicionais, pois têm seu modo de'vida, em grande parte, associado ao uso e manejo dos recursos naturais exercidos ao longo de sua permanência histórica na Mata Atlântica e ecossistemas associados, que incluem mangues, restingas e zonas costeiras. Dentre esses grupos culturais - alguns totalmente inseridos na Mata Atlântica, outros apenas parcial ou tangencialmente a esse Domínio -, destacam-se os seguintes:

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Aquecimento vai reduzir mata atlântica

Aquecimento vai reduzir mata atlântica

A mata atlântica brasileira pode perder cerca de 60% de sua área atual se a temperatura média do planeta subir de 3ºC a 4ºC até o fim deste século.
O cálculo é de Carlos Alfredo Joly, botânico da Unicamp, e foi feito com base nas previsões do terceiro relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática), divulgado em 2001.
Mas o quarto relatório do painel do clima, divulgado em fevereiro deste ano, estima que seja essa a faixa de aumento na temperatura global até 2100.
A íntegra do trabalho científico, apresentado em parte durante o 1º Simpósio Brasileiro de Mudanças Ambientais Globais, encerrado ontem no Rio, será divulgada no meio do ano. E traz projeções desagradáveis. "O palmito, por exemplo, tende a desaparecer por completo", explicou o pesquisador.
Joly adianta que o estudo é uma aproximação. Ele e seu grupo usaram 30 espécies de planta típicas do bioma, o mais ameaçado do Brasil (resta hoje apenas 6,98% da sua cobertura vegetal original).
"A queda de 60%, de acordo com o cenário mais pessimista do IPCC, não significa então que podemos derrubar tudo hoje de vez, já que a perda é inevitável", lembra Joly. "Agora é preciso ter mais cuidado com a floresta ainda", disse.

Visão otimista

A análise da Unicamp é a primeira a tentar relacionar o impacto as mudanças ambientais globais sobre a floresta atlântica. Ela também levou em conta um dos cenários otimistas do penúltimo relatório do IPCC.Nesse caso, no fim deste século, a temperatura subiria, na média, entre 1,5ºC e 2ºC.
"A diminuição na área da mata atlântica, nesse caso, seria de 28%. Apenas para algumas espécies, que vivem nas bordas desse bioma, essa situação seria benéfica --elas cresceriam em área de distribuição", disse.Nas duas simulações, os pesquisadores compararam a situação climática atual com aquela que deverá existir no futuro.
"Levamos em consideração a temperatura, a precipitação e a umidade presente no ambiente", explicou.Nesse cenário, as condições ambientais da região onde hoje se encontra a floresta atlântica mudarão tanto que não serão mais compatíveis com a presença de uma floresta tropical, bioma que depende de uma determinada quantidade de chuvas e de uma determinada faixa de temperatura para existir.
Segundo Joly, não é possível saber o que ocorrerá com a floresta. "Não sabemos se ela vai simplesmente morrer ou virar outra coisa. É certo que apenas em algumas áreas, por causa talvez da topografia, a mata atlântica continuará a existir.
"Se a fragmentação acontecer, a mata atlântica estará seguindo a reação à mudança climática de outra floresta tropical brasileira, a amazônica. Um modelo do Inpe estima que parte da Amazônia tende a virar uma espécie de savana com o aquecimento global.

A preservação

A preservação

Atualmente existem menos de 10% da mata nativa. Existem diversos projetos de recuperação da Mata Atlântica, que esbarram sempre na urbanização e o não planejamento do espaço, principalmente na região Sudeste . Existem algumas áreas de preservação em alguns trechos em cidades como São Sebastião (litoral norte de São Paulo).
No Paraná, graças à reação cultural da população, à criação de APAs ( Áreas de Preservação Ambiental ), apoiadas por uma legislação rígida e fiscalização intensiva dos cidadãos, aparentemente a derrubada da floresta foi freada e o pequeno remanescente dessa vegetação preserva um alto nível de biodiversidade, das quais estão o mico-leão-dourado , as orquídeas e as bromélias .
Um trabalho coordenado por pesquisadores do Instituto Florestal de São Paulo mostrou que, neste início de século, a área com vegetação natural em São Paulo aumentou 3,8% (1,2 quilômetro quadrado) em relação à existente há dez anos. O crescimento, ainda tímido, concentrou-se na faixa de Mata Atlântica, o ecossistema mais extenso do estado.
A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional , junto com a Floresta Amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira . A derrubada da mata secundária é regulamentada por leis posteriores, já a derrubada da mata primária é proibida.
A Política da Mata Atlântica (Diretrizes para a politica de conservação e desenvolvimetnto sustentável da Mata Atlântica), de 1998, contempla a preservação da biodiversidade , o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais e a recuperação das áreas degradadas.
Há milhares de ONGs , órgãos governamentais e grupos de cidadãos espalhados pelo país que se empenham na preservação e revegetação da Mata Atlântica. A Rede de ONGs Mata Atlântica tem um projeto de monitoramento participativo, e desenvolveu com o Instituto Socio-Ambiental um dossiê da Mata, por municípios do domínio original.

Espécies endêmicas ameaçadas de extinção

Espécies endêmicas ameaçadas de extinção

Mico-Leão litoral do Paraná foto rara tirada a 500 metros de distância aproximadamente
É possível que muitas espécies tenham sido extintas sem mesmo terem sido catalogadas. Estima-se que 171 espécies de animais, sendo 88 de aves, endêmicas da Mata Atlântica, estão ameaçadas de extinção. Segundo o relatório mais recente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, entre essas espécies estão o muriqui, mico-leão-dourado, bugio, tatu, tamanduá, entre outros.

A biodiversidade

Nas regiões onde ainda existe,
a Mata Atlântica caracteriza-se pela vegetação exuberante, com acentuado higrofitismo . Entre as espécies mais comuns encontram-se algumas briófitas , cipós , e orquídeas .

A fauna endêmica é formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros ), mamíferos e aves das mais diversas espécies. É uma das áreas mais sujeitas a precipitação no Brasil. As chuvas são orográficas , em função das elevações do planalto e das serras .
A biodiversidade da Mata Atlântica é maior mesmo que a da Amazônia . Há subdivisões da mata, devidas a variações de latitude e altitude. Há ainda formações pioneiras, seja por condições climáticas, seja por recuperação, zonas de campos de altitude e enclaves de tensão por contato. A interface com estas áreas cria condições particulares de fauna e flora .


































































































O descobrimento e a exploração da Mata

O descobrimento e a exploração da Mata
Logo em seguida ao descobrimento , praticamente toda a vegetação atlântica foi destruída devido à exploração intensiva e desordenada da floresta. O pau-brasil foi o principal alvo de extração e exportação dos exploradores que colonizaram a região e hoje está quase extinto. O primeiro contrato comercial para a exploração do pau-brasil foi em 1502 , o que levou o Brasil a ser conhecido como "Terra Brasilis", ligando o nome do país à destruição ecológica. Outras madeiras de valor também foram exauridas: tapinhoã , sucupira , canela , canjarana , jacarandá , araribá , pequi , jenipaparana , peroba , urucurana e vinhático .
Esta foto foi tirada um dia antes da terraplanagem de uma grande área de Mata Atlântica no litoral sul do Estado de São Paulo divisa com Paraná em 1998, para construção de um grande condomínio de luxo
Os relatos antigos falam de uma floresta densa aparentemente intocada, apesar de habitada por vários povos indígenas com populações numerosas. A Mata Atlântica fez parte da inspiração utópica para o renascimento do mito do paraíso terrestre, em obras como as de Tommaso Campanella e Bacon .
No nordeste brasileiro a extinção foi total, o que agravou as condições de sobrevivência da população, causando fome , miséria e êxodo rural só comparados às regiões mais pobres do mundo. Nesta região, seguindo a derrubada da mata, vieram plantações de cana-de-açúcar ; na região sul, foi a cultura do café a principal responsável pela destruição total da vegetação nativa, restando uma área muito pequena para a preservação de espécies; estas foram postas em risco pela poluição ambiental ocasionada pela emissão de agentes nocivos à sua sobrevivência.
Além da exploração de recursos florestais, houve um significativo comércio exportador de couros e peles de onça (que chegou ao preço de um boi), anta , cobras , capivara , cotia , lontra , jacaré , jaguatirica , paca , veado , e outros animais, de penas e plumas e carapaças de tartarugas .
Ao longo da história, personagens como José Bonifácio de Andrada e Silva , Joaquim Nabuco e Euclides da Cunha protestaram contra o modelo predatório de exploração.
Hoje, praticamente 90% da Mata Atlântica em toda a extensão territorial brasileira está totalmente destruída. Do que restou, acredita-se que 75% está sob risco de extinção total, necessitando de atitudes urgentes de órgãos mundiais de preservação ambiental às espécies que estão sendo eliminadas da natureza aceleradamente. Os remanescentes da Mata Atlântica situam-se principalmente nas Serras do Mar e da Mantiqueira, de relevo acidentado.
Exemplos claros da destruição da mata são a Ilha Grande e Serra da Bocaina , e muitas regiões do Estado do Rio de Janeiro .
Entre 1990 e 1995, cerca de 500.317 ha foram desmatados. É a segunda floresta mais ameaçada de extinção do mundo. Este ritmo de desmatamento é 2,5 vezes superior ao encontrado na Amazônia no mesmo período.
Em relação à exuberância do passado, poucas espécies sobreviveram à destruição intensiva. Elas se encontram nos estados do Rio de Janeiro , Minas Gerais , São Paulo e Paraná , sendo que existe a ameaça constante da poluição e da especulação imobiliária.

Florestas do futuro

"Inventamos o Florestas do Futuro como um complemento para o Clickarvore. Neste último, quem planta são proprietários com recursos financeiros, a gente só doa a muda e faz o trabalho de vistoria. No Florestas do Futuro a gente capta o recurso, contrata a empresa, os técnicos. Nós fazemos tudo. Só que com um diferencial: só plantamos onde envolve água. Nascente, reservatório e rio. Então você é proprietário, você não tem dinheiro ou não quer investir em árvore, mas a tua área é é importante, é um corredor e você está interrompendo o corredor. Vamos lá e estimulamos você a ceder aquela área para a gente plantar. E você não vai gastar nada, só tem que ceder a terra e depois não mexer mais nela. Durante 5 anos acompanhamos e depois a terra fica por conta da natureza."Adauto Tadeu BasílioDiretor de Captação de Recursos da SOS Mata Atlântica e coordenador do Florestas do Futuro.

Linha do Tempo

2003 -Florestas do Futuro tem primeira versão em Itu (SP), com patrocínio de 80 mil mudas pela Rodovia das Colinas
2004 - Empresas como Dixie Toga, Editora Três, Bradesco e Takaoka Empreendimentos aderem ao programa
2005 - Programa conquista adesão de mais de 15 empresas parceiras e contabiliza 420 mil mudas patrocinadas

O Florestas do Futuro coloca-se como um dos mais amplos programas participativos da SOS Mata Atlântica para a restauração de áreas privadas e, preferencialmente, aquelas que contribuem com a conservação da água e da biodiversidade. A proposta é reunir sociedade civil organizada, proprietários de terras, iniciativa privada e poder público, apoiando ações socioambientais e oferecendo capacitação técnica para a recuperação ambiental.

A SOS Mata Atlântica passa a ser responsável pelas diversas etapas do reflorestamento, que envolve da implantação e manutenção do projeto, à escolha das áreas, seleção e aquisição de mudas em viveiros, plantio e vistorias constantes para intervenções que se façam necessárias. A meta é atingir o plantio de 4 milhões de mudas nativas ao longo de cinco anos em bacias hidrográficas ameaçadas, contando com a parceria de empresas que colaboram financeiramente com o Programa. As cinco bacias selecionadas são as do Rio das Contas, Vale do Rio Doce, Paraíba do Sul, Tietê e Rio Tibaji.Os colaboradores recebem benefícios de acordo com seu perfil, que vão desde o uso do selo "Florestas do Futuro", palestras e eventos para conscientização ambiental de funcionários, até o apoio de uma equipe especializada em responsabilidade socioambiental. À SOS Mata Atlântica cabe também elaborar um diagnóstico das atividades, economia, empresas e população da região a ser reflorestada, assim como instalar módulos de educação ambiental em comunidades, escolas e empresas.

A primeira versão do programa em Itu (SP), resultado da parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, Rodovias das Colinas, SAAE - Serviço Autônomo de Água e Esgoto e Prefeitura Municipal de Itu, merece destaque por conseguir reflorestar áreas estratégicas pertencentes às bacias de abastecimento público do município, contemplando o plantio total de 180 mil mudas.

Em 2004, outras empresas passam também a apoiar o programa, como a Editora Três, por meio da participação dos assinantes e leitores da revista Isto É; a Dixie Toga com o plantio de 15 mil mudas no município de Londrina (PR), após importante avaliação da área pela Fundação que revelou seu papel estratégico para a proteção dos recursos hídricos regionais; Bradesco e EPR Soluções Ambientais, para intervenção estratégica no Campus da ESALQ-USP em Piracicaba (SP) com 60 mil mudas; e a Takaoka Empreendimentos Imobiliários que viabilizou o plantio de 50 mil árvores nativas em Alphaville (SP).

Até o fim de 2005, cerca de 200 mil mudas haviam sido efetivamente plantadas e 420 mil patrocinadas para irem a campo no período das chuvas, entre novembro e março. A disposição dos patrocinadores em participar de programas de recuperação ambiental pode ser medida pelo comprometimento com ações de conscientização do público, como a mais recente iniciativa do Hotel Villa Rossa, em São Roque (SP). O reflorestamento da área de manancial do empreendimento veio acompanhado da criação do "Espaço Florestas do Futuro" no hotel, para que hóspedes de lazer e negócios contem com atividades de educação ambiental e possam desenvolver ações que gerem novos plantios.
Os cidadãos também podem pagar por suas florestas. No site www.florestasdofuturo.org.br, além de conhecer mais sobre o projeto, qualquer pessoa pode acessar a calculadora de CO2, checar qual o seu débito com a natureza e pagar pelo plantio desta quantidade de árvores.

Estudo avalia conseqüências da fragmentação da Mata Atlântica

Por Fábio de Castro

A região do Pontal do Paranapanema, no extremo leste do Estado de São Paulo, começou a ser ocupada por fazendas há cerca de 50 anos - primeiro por pastagens, depois pela monocultura de cana-de-açúcar. A região, antes coberta pela Mata Atlântica de forma contínua, tem hoje fragmentos de floresta isolados que correspondem a 17% da área original. A biodiversidade da região, no entanto, parece não ter sofrido ainda todo o impacto da devastação. O número de espécies de aves presentes nas áreas remanescentes corresponde aproximadamente ao que foi registrado em 1978, quando ainda restavam 80% da floresta original, segundo estudo realizado pelo biólogo Alexandre Uezu, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). O pesquisador explica que a resposta das espécies é mais lenta do que a fragmentação da floresta. "O tempo de latência é de cerca de 25 anos. Isso significa que uma parte significativa das espécies só não foi extinta ainda por questão de tempo", disse Uezo à Agência FAPESP. O histórico de fragmentação no Pontal do Paranapanema, de acordo com o biólogo, é mais recente do que no resto da Mata Atlântica, onde há áreas fragmentadas há mais de um século. O pesquisador aplicou modelos de regressão baseados em índices de isolamento e nos tamanhos dos fragmentos para relacionar o histórico ao padrão atual de riqueza biológica. "Constatamos que o padrão atual corresponde à estrutura da paisagem do início dos anos 80." Segundo o pesquisador, após meio século de isolamento, fragmentos de cerca de mil hectares apresentam metade das extinções de aves que ainda devem ocorrer. "Esse resultado revela a urgência do estudo sobre a avifauna e a necessidade de amenizar os impactos negativos da fragmentação", disse. Uezu deve apresentar em dezembro tese de doutorado sobre o assunto.

Importância dos sistemas agroflorestais

O estudo se dedicou também a avaliar a eficiência dos bosques agroflorestais. Depois da fragmentação em decorrência da implantação de grandes fazendas, a região foi ocupada, na década de 80, por assentamentos de trabalhadores sem-terra. Ali, os técnicos agrícolas do Instituto de Pesquisas Ecológicas (Ipê), do qual Uezo é pesquisador, incentivam, junto aos assentados, a implantação dos sistemas agroflorestais. "Testamos se esses sistemas estão aumentando a conectividade da paisagem e diminuindo o grau de isolamento nesses remanescentes", disse Uezo. O isolamento dos fragmentos, segundo ele, causa problemas graves. Se uma espécie for extinta num fragmento, o isolamento impede que outro indivíduo volte a colonizar a área. Além disso, em áreas isoladas as populações são pequenas, com muitos cruzamentos endogâmicos, reduzindo a diversidade genética. A pesquisa verificou que os "trampolins" facilitam a conectividade das espécies mais versáteis, que vivem tanto na floresta quanto em áreas abertas. Mas a fragmentação é tão intensa que as espécies florestais muitas vezes não conseguem atingir o sistema. Por outro lado, os "trampolins" se mostraram dispensáveis em áreas em que não há tanto contraste entre os fragmentos florestais e o entorno. "Com essa avaliação, fizemos uma proposta da efetividade dos sistemas agroflorestais. Consideramos que eles são mais importantes nas áreas intermediárias", disse Uezo. Os sistemas agroflorestais, segundo ele, são uma importante alternativa aos corredores ecológicos.

Dia da Mata Atlântica

Dia da Mata Atlântica
Uma parte do Brasil, ou especificamente 7% do território que abriga a vegetação remanescente da Floresta Atlântica, espera comemorar o 27 de maio - Dia da Mata Atlântica - com a aprovação, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 285/99, cuja tramitação se arrasta por 11 anos.
Algumas ações da Rede de ONGs da Mata Atlântica estão sendo postas em prática para sensibilizar parlamentares e representantes do governo federal sobre as principais demandas quanto à preservação do bioma brasileiro mais ameaçado de extinção.
A primeira foi o compromisso assumido pela Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante o encontro nacional da Rede que aconteceu em Brasília, de realizar um seminário nacional, que acontece de 10 a 12 de junho, para discutir um sistema permanente de fiscalização no domínio Mata Atlântica. Uma "agenda positiva" também foi proposta neste encontro, com o objetivo de implantar ações incluídas no planejamento federal, referentes a programas de preservação e recuperação dos remanescentes.
http://educar.sc.usp.br/licenciatura/trabalhos/mataatl.htm

A mata atlantica possui uma biodiversidade muito grande.
O seu clima e quente e umido proporcionando a reproduçao de especies que so podem sobreviver nessas condiçoes.
a mata atlantica ja foi muito desmatada, mais ainda resta uma porsao grande da mata ( ela e muito extensa).
sua diuversidade avansada de plantas e de animais e tao grande que da ao brasil uma das maiores variedades de animais e de plantas.